sábado, 10 de abril de 2010

Luta Interior (Inimigos íntimos)

"Um velho sábio índio conversava com outros índios mais jovens e falou sobre seus conflitos internos.
- Dentro de mim, existem dois cachorros. Um deles é cruel e mau. O outro, é muito dócil e bom. Os dois estão sempre brigando.
Então, um dos jovens índios lhe perguntou:
- E quem ganhará a briga?
O velho índio parou para refletir um pouco e respondeu:
- Aquele que eu alimentar. "

À partir desse pequeno conto, fazemos uma referência à belíssima palestra da nossa irmã Joelma, que falou sobre nossos inimigos íntimos que nada mais são que nossas imperfeições mal administradas, filhas do egoísmo, do orgulho e da ignorância.
Bem sabemos que, no decorrer de nossa jornada, muitas vezes adotamos comportamentos que se mostram conflitantes. Umas vezes bons, outras maus, e isso se dará enquanto estivermos em marcha, rumo a perfeição.
O cachorro mau representa nossas imperfeições, medos, inseguranças, que nos tornam egoístas, orgulhosos, ferinos e viciosos. O cachorro bom são as coisas boas que temos conquistado, trabalhando, aprendendo e servindo... É o nosso lado fraterno.
A luta entre eles, porém, é constante e persistente...
Quantas vezes não tentamos exercer o lado paciente e logo nos vem algum fator externo que nos tira do sério, nos faz xingar, ofender, quando algo não acontece como gostaríamos? Mas daí, em seguida, vem o arrependimento, o remorso e o sofrimento.
Isso acontece porque ainda estamos alimentando o cachorro mau que há dentro de nós. Ele se fortalece e vence a luta, enquanto o bom, enfraquecido, se acovarda e se esconde.
A mensagem é clara: É necessário mudar!
Alimentar o animal bom, para que se torne forte e corajoso, capaz de neutralizar os ataques do animal cruel.
E o alimento? Qual seria?
A porção de fé que adquirimos na vivência do Evangelho; os grãos de caridade, que se consegue no exercício de socorro e consolação dos aflitos; e os frutos de sabedoria que se consegue com estudo e reflexão.
Pensemos nisso e alimentemos o animal bom, para que cresça a ponto de ensinar o mau a também tornar-se bom.
Só depende de nós!

Muita Paz!